13 de Julho, 2016
Abristes as portas da eternidade
Luís Martins

Abristes as portas da eternidade
Há muito simbolismo no momento da morte de Jesus: “O véu do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam” (Jo 27,51). Este véu era o cortinado que isolava o lugar da presença de Deus e aí só entrava o sumo sacerdote uma vez ao ano. Com a morte de Jesus o acesso a Deus está aberto a todos. O Ressuscitado abre para nós o lugar sagrado. Quando rezamos que “desceu aos infernos”, dizemos que sua morte e ressurreição são também para os que já morreram, como indicam as palavras “os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram”.
O Céu agora está aberto a todos. A natureza entra no fruto dessa ressurreição. As pedras se racham. É o dia de o Senhor manifestar-Se em seu poder (Am 8,9). A Ressurreição de Jesus não é um fato isolado, fruto de uma morte inoportuna, mas é a restauração total do universo, ferido pelo pecado. Os que morreram em Adão ressuscitam em Cristo (1Cor 15,22). N